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Marcos velados na vila colonial: a cruz do patrão do Recife


Acácio José Lopes
Departamento de História
Universidade Federal da Paraíba


Fincada por donatários no sítio de origem da vila, a Cruz do Patrão da Ribeira expressava implicitamente atribuições do ato de posse pelos lusos, tal como os padrões lançados anteriormente como marcos no Atlântico. A coluna veiculava diversas intenções e patrocinadores, prestando-se igualmente como prático meio de navegação no porto.

Monumentos dialogam entre si e sua inserção em escalas e temporalidades mais amplas iluminam suas reapropriações, e logo a Cruz desloca-se silenciosa­mente para o cen­tro das querelas pela legitimidade das colonizações, quando a Companhia das Índias Oci­dentais experimenta soluções condizentes à disputa entre culturas europeias de forte tradição marítima.

Maurício de Nassau-Siegen (1637-44) culminou a Mauritzstadt com seu Vrij­burgh, traduzido pelos luso-brasileiros como o Palácio das Duas Torres". Ponto capital é que

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