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Dulce Maria Cardoso | ||||||||||||||||
nunca vendi uma casa mas parece fácil, uma assinatura e nunca mais lhe pertenço, a tua filha nem o nome sabe assinar, Baltazar, tens a como se matam os fantasmas os compradores devem estar a chegar, e se não conseguir assinar o meu nome, se as letras se começarem a afastar da minha vontade como na tarde do bilhete de identidade, não vai acontecer nada disso, se o Angelo ou a Dora tivessem vindo comigo não estava a pensar nestes disparates, a funcionária do arquivo de identificação pediu-me para repetir o nome e as letras ainda fugiram mais umas das outras, |
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n. 1964 Portugal | ||||||||||||||||
© Instituto Camões, 2007 | ||||||||||||||||